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Cap. 244

Na cabana da Montanha do Silêncio, Tex interrompe o silêncio e a leitura de Augustus com a pergunta que todos ali estão se fazendo:

— Como iremos sair daqui vivos?

Os olhares se voltam para Augustus que fecha o diário, se levanta, pega um pedaço de madeira queimada no chão e vai até a parede lateral oposta à que apoia o barco a remo.

O delegado começa a rabiscar na parede e vai falando:

— Vejamos primeiramente quais nossos recursos. Temos alguma mobília de madeira, ossos, trapos, livros, uma corda, um balde e um bote.

Tex: — Verdade. Se alguém tiver trazido um rio estaremos salvos.

Augustus se volta para o sequestrador e pergunta: — Quantas balas você ainda tem?

Tex aponta seu revólver para o delegado perguntando: — Quer mesmo descobrir?

Cobra Traiçoeira esboça se levantar, mas Augustus gesticula calmamente para que se detenha.

— No máximo duas, obrigado. – declara Augustus enquanto anota na parede.

Tex, intrigado: — Como você…?

Augustus: — Você acabou de me mostrar.

O criminoso olha desconfiado para sua arma enquanto Augustus, ainda voltado para a parede, pergunta: — Temos mais alguma coisa?

Um breve silêncio cai sobre a sala até Sarah se manifestar: — Ele tem bombas!

Os delegados olham para Tex que reage dando um tapa na cara da mulher enquanto grita:

— Cale a boca, sua cadela!

Cobra e Augustus avançam em direção ao agressor, mas ele ergue sua arma e lembra:

— Duas balas. Uma será nela. Quem quer levar a outra?

— Quantas bombas? – pergunta Augustus trincando os dentes enquanto freia o outro delegado com o braço.

Tex: — O suficiente.

Augustus: — Se fosse, você já teria explodido tudo e fugido. Quantas?

Tex: — Seis.

Augustus: — Certo, nove bombas.

Tex: — Eu disse seis.

Augustus: — Eu ouvi. E já o conheço o suficiente para saber que reservou uma para cada um de nós, caso as coisas deem certo ou errado.

Tex sorri e provoca: — Ninguém jamais me entendeu como você?

Augustus responde: — Ninguém deve ter sobrevivido perto de você o suficiente para entender.

E também provoca: — Ou, talvez, você apenas não mereça o esforço.
 

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